De onde surgiu o termo capivara no xadrez?
Se você joga xadrez online no Brasil, é quase impossível não ter ouvido alguém se autodenominar uma “capivara”. Mas de onde vem esse termo tão peculiar? Como um simpático roedor sul-americano virou símbolo do enxadrista amador (e orgulhosamente desastrado)?
A verdade é que ninguém sabe ao certo quem inventou a gíria, mas o apelido se espalhou com uma velocidade de gambito ruim em blitz. Hoje, “capivara” é praticamente um estado de espírito. É errar lance simples, cair em tática básica, esquecer o tempo ou simplesmente fazer um blunder daqueles que até o adversário se assusta.
O capivarismo como estilo de vida
Embora o termo possa soar pejorativo, ele virou quase um título honorário. Jogadores iniciantes — e até intermediários — usam “capivara” para descrever com humor seus tropeços no tabuleiro. Ao invés de esconder os erros, o capivara os assume com orgulho. E convenhamos: quem nunca pendurou uma dama à toa que atire a primeira pedra!
O animal em si ajuda na metáfora. A capivara é lenta, pacífica, meio atrapalhada… mas também simpática e querida por todos. E assim como no xadrez, ninguém espera uma jogada agressiva de uma capivara — até que ela comece a avançar peões sem lógica e, de repente, te dá mate.
Da zoeira ao folclore
A popularização do termo também teve grande apoio de comunidades de xadrez nas redes sociais, grupos de WhatsApp, lives na Twitch e canais no YouTube. Hoje, capivara é mais do que um apelido: é cultura. Já existem memes, camisetas, rankings e até emojis dedicados ao glorioso enxadrista capivara.
Ser capivara não é motivo de vergonha. É parte da jornada. Antes de se tornar um GM, todo mundo foi capivara um dia. E alguns continuam sendo — só que com rating alto.