quinta-feira, julho 10, 2025

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Feminino

Juliana Terao: a trajetória da maior campeã do xadrez brasileiro feminino

Juliana Sayumi Terao, nascida em julho de 1991 em Suzano (SP), é reconhecida como a maior campeã do xadrez feminino no Brasil. Com uma carreira repleta de títulos e conquistas, Juliana se destaca tanto no cenário nacional quanto internacional.

Formação e títulos FIDE

Juliana conquistou os títulos de Woman International Master (WIM) em 2012 e FIDE Master (FM) em 2017. Seu progresso constante e talento sólido a colocaram entre as principais jogadoras brasileiras.

Domínio nacional absoluto

É a maior campeã brasileira feminina de xadrez, com nove títulos conquistados entre 2012, 2015 a 2019, e 2022 a 2024. Em 2024, ela impressionou ao vencer o campeonato com um desempenho perfeito: 9 vitórias em 9 partidas, superando o recorde anterior de Regina Ribeiro.

Presença destacada em Olimpíadas

Juliana Terao representou o Brasil em oito edições das Olimpíadas de Xadrez, entre 2008 e 2022, mostrando sua regularidade e importância para o time nacional.

Desempenho internacional de destaque

Entre seus feitos internacionais, Juliana venceu o Speed Chess Championship Brasil Feminino em 2018. Além disso, enfrentou jogadoras de elite como a chinesa Hou Yifan, destacando essas experiências como momentos valiosos de aprendizado.

Em 2025, conquistou o título do VIII Marabá Chess Open, reafirmando sua força em torneios de alto nível.

Reconhecimento e legado no xadrez brasileiro

Juliana é considerada a principal jogadora da história do xadrez feminino brasileiro. Ela já derrotou grandes mestres como Axel Bachmann e Robert Hungaski em competições importantes.

De 2014 a 2020, manteve-se como a jogadora mais bem ranqueada do país no feminino, consolidando sua posição de liderança.

Vida pessoal e engajamento social

Começou a jogar entre os 4 e 6 anos, motivada pelo incentivo da família. Além disso, Juliana participa do movimento “Damas em Ação”, que busca ampliar a presença feminina no xadrez e incentivar novas gerações.


Fontes:

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Fier campeão, Strikovic surpreende e Kauã brilha: os destaques de Caiobá 2025

O IX Torneio Internacional de Xadrez SESC Caiobá chegou ao fim com muita emoção no litoral paranaense. Realizado em Matinhos entre 29 de junho e 6 de julho, o evento principal (Clássico A) reuniu 9 rodadas de xadrez de alto nível — e trouxe uma mistura de favoritismo confirmado, surpresas internacionais e jovens promessas brasileiras.

🔹 Campeão absoluto
O GM Alexandr Fier (2556) venceu com autoridade: 8 pontos em 9 partidas, 0 derrotas e uma performance impecável. Ele terminou isolado na liderança e garantiu mais um título para o currículo.

🔹 Surpresa internacional
Com rating modesto de 2364, o GM Aleksa Strikovic (SRB) surpreendeu ao conquistar o vice-campeonato, somando 7,5 pontos e superando vários grandes mestres. Seu desempenho valeu +24,2 de rating FIDE.

🔹 Pódio fechado por brasileiro
Na terceira posição, outro brasileiro: o GM Renato Quintiliano (2511), também com 7,5 pontos. Ele manteve a regularidade ao longo do torneio e ficou à frente de nomes como Yago Santiago, Neuris Delgado e Sandro Mareco.

🔹 Top 10 internacionalizado
O IM boliviano Licael Ticona ficou em 4º, seguido pelos GMs Yago Santiago (BRA), Neuris Delgado (PAR), Sandro Mareco (ARG), Diego Di Berardino (BRA) e Conrad Holt (EUA). Fechando o top 10, o IM Lucas Cardoso, que subiu quase 10 pontos de rating.

🔹 Destaque jovem
O FM Kauã Marques Silva (2254) terminou em 11º lugar, vencendo partidas duríssimas e ganhando impressionantes +54 pontos de rating, um salto que mostra o potencial da nova geração brasileira.

Com 14 países representados e média de rating internacional em 1925, o torneio mais uma vez mostrou por que Caiobá é referência no xadrez latino-americano — pelos nomes consagrados, sim, mas também pelas histórias que ainda estão sendo escritas.


Fontes: Chess-Results, Ventajedrez, organização do torneio

Brasil

Mathias Casalaspro é convocado para a Olimpíada Sub-16, mas não irá à Colômbia


Aos 13 anos, o jovem enxadrista Mathias Casalaspro foi convocado pela Confederação Brasileira de Xadrez (CBX) para representar o Brasil na Olimpíada de Xadrez Sub-16, que será realizada em agosto, na Colômbia. A convocação reconhece o talento e a trajetória ascendente de Casalaspro, um dos nomes mais promissores da nova geração.

No entanto, Mathias Casalaspro não poderá participar da competição. A ajuda de custo oferecida pela CBX não cobre despesas com passagens nem com o acompanhante. Com os custos totais da viagem ultrapassando R$ 13 mil, a família informou que a participação é inviável neste momento. Eles já assumem grande parte dos investimentos necessários para manter a carreira do atleta.

A ausência de Mathias acontece em um momento importante. Recentemente, ele foi convidado para dois torneios fechados de norma internacional — fundamentais para seu desenvolvimento técnico e para a obtenção de títulos no futuro. Além disso, Casalaspro lidera o ranking nacional Sub-16 e já coleciona conquistas expressivas.

Para seguir competindo em alto nível, a família tem buscado alternativas como treinos particulares, consultorias e venda de produtos. Contudo, a falta de patrocínio torna a caminhada desafiadora.

Mesmo sem poder viajar desta vez, Mathias e sua família expressam gratidão pela convocação e seguem torcendo pela equipe brasileira que representará o país.

Leia também: Talentos brasileiros sub‑18 que estão brilhando no xadrez

Veja o post oficial nas redes sociais dele:

Fontes:

  • Perfil do pai de Mathias Casalaspro (@mcasalaspro)
  • Perfil oficial de Mathias Casalaspro (@matecommathias)
  • Edital 052/2025 da Confederação Brasileira de Xadrez
  • Base de dados FIDE
  • Relatos da família nas redes sociais
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Talentos brasileiros sub‑18 que estão brilhando no xadrez

O Brasil vive um excelente momento na formação de talentos. Uma nova geração de jovens promissores vem se destacando em torneios nacionais e internacionais, acumulando resultados expressivos ainda muito cedo.

Cada prodígio do xadrez sub-18 mostra não apenas técnica e maturidade competitiva, mas também potencial real para representar o país no mais alto nível. Esses nomes já são destaque no cenário enxadrístico juvenil.

Suan Lira – 16 anos (AM)
@suan.lr

2163 no clássico
2169 rápido
2085 blitz

Campeão da tríplice coroa no Brasileiro Sub‑16 (blitz, rápido, clássico) e notável performance internacional.


Clara Dias – 17 anos (MG)
@claradiaschessoficial

• Sem título ainda, mas com 1928 no clássico
1821 rápido
1934 blitz

Campeã brasileira sub‑18 e integrante da seleção olímpica feminina — um destaque promissor.


Stefan Moisei Vieira Lima – 17 anos (RJ)
@stefanmoisei

• FIDE Master (2025)
2217 clássico
• 2107 rápido
• 2144 blitz

Filho do GM Darcy Lima, está entre os top 50 do Brasil — com forte presença em torneios abertos.


Frederico Rodrigues Jardim – 13 anos (PR)
• Candidate Master
2209 clássico
• 1951 rápido

Empatou com GM Everaldo Matsuura no Floripa Winter 2024 — já compete de igual para igual com jogadores experientes.


Kim Paul Mariani – 11 anos (ES)
@kimpamar

1814 no clássico
1942 rápido
1769 blitz

Campeão de competições nacionais U10 e medalha de bronze no Pan‑Americano — um fenômeno precoce.


Mathias Casalaspro – 13 anos (PR)
@matecommathias

2317 no clássico

Já é Mestre FIDE e venceu GMs como Reinaldo Vera e Alejandro Hofman; dedica‑se a torneios abertos para subir ainda mais.


Luigy Lira de Siqueira – 17 anos (SP)
@liraluigy

• FIDE Master
2324 no clássico
2161 rápido
2249 blitz

Figura constante no topo de abertos como Floripa, Caiobá e Brasileiro, com vitórias sobre GMs.


Leia também: Enxadristas brasileiros… em outros esportes?

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Torneio reúne grandes nomes do xadrez em Caiobá

O IX Torneio Internacional de Xadrez SESC Caiobá – Clássico A está em andamento no litoral do Paraná, reunindo alguns dos principais nomes do xadrez latino-americano. O evento acontece de 29 de junho a 6 de julho e distribui R$ 90 mil em prêmios.

Com nove rodadas e ritmo clássico (90 minutos + 30 segundos por lance), o torneio conta com representantes de 15 países, mas os brasileiros são maioria entre os enxadristas titulados.

Grandes Mestres (GM) em destaque:

  • GM Sandro Mareco (ARG) é o número 1 do torneio, com rating 2585
  • GM Krikor Mekhitarian (BRA), GM Alexandr Fier (BRA) e GM Renato Quintiliano (BRA) são alguns dos favoritos da casa
  • Outros brasileiros titulados incluem GM Yago Santiago, GM Everaldo Matsuura e GM Gilberto Hernandez Guerrero (MEX)

Participação brasileira é massiva:

  • O Brasil conta com mais de 20 jogadores titulados entre GMs e IMs
  • Jovens como FM Mathias Casalaspro (13 anos) e FM Luigy Lira também chamam atenção
  • Entre as mulheres, destaque para a WIM Kathie Librelato (BRA) e WGM Claudia Amura (ARG)

Mestres Internacionais (IM) que participam

  • IM Diego Di Berardino, IM Lucas Cardoso e IM Nathan Filgueiras representam a nova geração brasileira
  • IM Carolina Lujan (ARG), IM Cesar Umetsubo (BRA) e IM Carlos Piñero (VEN) completam a lista de nomes experientes

O torneio é uma vitrine de alto nível técnico e mostra a força crescente do Brasil no cenário internacional. A diversidade de estilos e gerações promete grandes confrontos até a última rodada.


Links:


Fontes:

  • ventajedrez.com
  • Chess-Results
  • CBX (Confederação Brasileira de Xadrez)

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Enxadristas brasileiros… em outros esportes?

Confira o que nossos talentos do xadrez andaram fazendo nas quadras (e nas areias)

Acostumados ao silêncio das salas de torneio, alguns dos principais nomes do xadrez brasileiro também se arriscam em esportes bem mais agitados. A busca por equilíbrio entre corpo e mente é real — e os tabuleiros, às vezes, dão lugar a redes, raquetes e areia.

Na última semana, dois momentos chamaram a atenção:

🎾 Julia Alboredo brilha no tênis

Campeã da etapa da AABB do ATA Open, Julia venceu uma final emocionante por 4/6, 7/5 e 10/8 no super tie-break. Foram semanas de treinos intensos, concentração total e resistência física em jogos que duravam mais de duas horas.

Ela mesma comparou as exigências do tênis com as do xadrez: foco absoluto, preparo mental e decisões rápidas a cada lance. Segundo Julia, o que começou como um hobby incentivado pelo pai acabou se tornando um excelente complemento à sua carreira enxadrística.


🏖️ Futevôlei com grandes mestres em Caiobá

Enquanto isso, na praia de Caiobá, o clima era de descontração — mas com espírito esportivo. Participaram:

  • Krikor Mekhitarian
  • Diego Di Berardino
  • Renato Quintiliano
  • Álvaro Aranha

Todos nomes reconhecidos por representar o Brasil em torneios internacionais, mas que decidiram trocar as peças pelo futevôlei à beira-mar. O encontro rendeu boas jogadas, risadas e registros fotográficos animados.


Esses momentos mostram como o xadrez pode se conectar com outras modalidades. Apesar de parecerem mundos distantes, há muitas semelhanças entre o raciocínio estratégico dos tabuleiros e a dinâmica dos esportes físicos.

Para jogadores de alto nível, manter o corpo ativo é mais que uma questão de saúde: pode ser uma forma eficaz de turbinar o desempenho mental.

A fronteira entre corpo e mente está cada vez mais tênue no esporte de alto rendimento — e no xadrez, não é diferente.

Fontes:

  • Julia Alboredo (Instagram)
  • @pontocego (Instagram)
  • Registro fotográfico dos atletas em Caiobá
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Alexandr Fier: a consistência e garra de um dos grandes nomes do xadrez brasileiro

Alexandr Fier é um dos nomes mais sólidos e respeitados do xadrez brasileiro nas últimas décadas. Natural de Joinville (SC), nascido em 1988, Fier destacou-se desde cedo, construindo uma carreira marcada por títulos, dedicação e presença constante no cenário internacional.

Trajetória de conquistas e evolução constante

  • Campeão mundial sub-10 em 1998
  • Títulos continentais nas categorias sub-12, sub-14 e sub-18
  • Tornou-se Grande Mestre (GM) em 2007, aos 19 anos
  • Participação em oito Olimpíadas de Xadrez pelo Brasil, entre 2004 e 2022
  • Pentacampeão brasileiro absoluto (2005, 2018, 2019, 2021 e 2023)
  • Vencedor de torneios importantes na Europa e América do Sul

Estilo de jogo e contribuição para o xadrez nacional

Fier se destaca pelo seu estilo agressivo e criativo, com posições complexas e dinâmicas. Combina forte preparação teórica com instinto aguçado, capaz de surpreender até adversários fortes.

Além dos resultados, Fier mantém forte vínculo com a comunidade enxadrística, participando de eventos, compartilhando análises e ajudando a impulsionar o crescimento do esporte no Brasil.


Fontes:

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Mequinho: o gênio brasileiro que desafiou a elite do xadrez mundial

Primeiros passos e ascensão precoce

Henrique Mecking, o Mequinho, surgiu como fenômeno ainda na adolescência. Em 1965 e 1967, conquistou o Campeonato Brasileiro com performances marcantes. Seu talento chamou a atenção do mundo enxadrístico, mesmo em uma época em que o Brasil tinha pouca tradição no cenário internacional.

Em 1972, ele se tornou o primeiro Grande Mestre Internacional (GM) do Brasil e de toda a América do Sul — um feito extraordinário, já que o título era raríssimo fora da Europa. Não demorou para que o mundo o reconhecesse como um dos maiores talentos da década.


O auge nos anos 1970

O ponto alto da carreira de Mequinho veio na década de 1970. Em janeiro de 1977, alcançou o rating de 2635 e o terceiro lugar no ranking da FIDE, ficando atrás apenas de Anatoly Karpov e Viktor Korchnoi.

Além disso, brilhou nos ciclos do Campeonato Mundial de Xadrez. Em 1973, venceu o Interzonal de Petrópolis de forma invicta. Classificou-se para o Torneio de Candidatos, onde foi eliminado nas quartas por Korchnoi. Em 1976, repetiu o feito ao vencer o Interzonal de Manila, mas foi superado por Lev Polugaevsky.

Esses resultados colocaram Mequinho entre os maiores jogadores do mundo, em um tempo em que a hegemonia soviética dominava o xadrez.


A interrupção forçada e o retorno surpreendente

No auge da carreira, em 1978, Mequinho foi diagnosticado com miastenia gravis, uma doença autoimune grave. Isso o afastou dos tabuleiros por mais de uma década. Apesar disso, sua reputação permaneceu intacta entre os especialistas e fãs.

Depois disso, em 1991, surpreendeu o mundo ao retornar à ativa. Enfrentou jogadores de elite como Predrag Nikolić e Yasser Seirawan, mostrando que sua técnica permanecia afiada, mesmo após anos longe das competições.


Fé, legado e reconhecimento

Além de seu talento, Mequinho é conhecido por sua profunda religiosidade. Católico praticante, ele associa sua fé à superação da doença e aos momentos decisivos da vida e da carreira.

Ele também compartilhou seus conhecimentos no livro Mequinho – o Xadrez de um Grande Mestre, onde comenta algumas de suas partidas mais marcantes com uma abordagem didática e reflexiva.

Hoje, é amplamente reconhecido como o maior enxadrista brasileiro da história. Seu legado vai além das conquistas individuais: ele abriu caminho para novas gerações e ajudou a colocar o xadrez brasileiro no mapa internacional.


Fontes: